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Compras no exterior: confira o posicionamento do presidente da CDL-NH

Compras no exterior: confira o posicionamento do presidente da CDL-NH

Estamos notando a preocupação geral no País, porque ações como essas podem gerar o que aconteceu com as indústrias alguns anos atrás: a desestruturalização ocorreu, porque nós passamos a partir do comércio internacional ou dessas facilitações de globalização a buscar soluções fora e inviabilizar a indústria aqui dentro em alguns momentos devido a custos. Mas isso também trouxe uma queda absurda na qualidade dos produtos, porque os produtos adquiridos lá fora, na maioria das vezes não tem a qualidade que temos aqui dentro. Nesse momento uma ação como essa, inicia uma descomercialização, ou seja, afeta o varejo como um todo, mas afeta muito também o cliente, porque ele passa a ter uma experiência de compra complicada. São várias situações que acontecem: fraudes no ambiente digital, produtos que quando chegam apresentam outra qualidade, são inúmeros os perigos para aquisição de produtos dessa forma. Então esse tipo de situação, onde é dado uma concessão pra esse tipo de compra, estimula esse outro tipo de situação que é deixar a descoberto o próprio consumidor. Exemplo: quais são as regras de Procon pra isso? O Procon não tem ação sobre alguma situação que vem a partir destas compras. De acordo com o Procon, eles têm dificuldade de contato com os sites do exterior, inclusive com relação a eventuais notificações.

Então não é uma questão só financeira que vai acontecer em relação às nossas empresas. E no futuro se o consumidor resolver retornar a compra nas empresas brasileiras, ele vai encontrar? Então são questionamentos que tem que ser levados em conta. A nossa preocupação imediata é que enquanto a cadeia produtiva até chegar no consumidor, muitas vezes gera um custo de até 80%, 90% sobre o produto. O governo com essa ação está gerando um imposto de no máximo 17% para as empresas de fora comercializarem aqui dentro. Isso é uma coisa que estamos combatendo. Nesse momento, vale ressaltar que a Federação Varejista do RS e a CNDL estão dentro do Ministério da Fazenda mostrando o risco que isso é. Estamos trabalhando para que isso seja repensado, porque vai prejudicar enormemente o consumidor final, prejudica o varejo, indústrias, serviços, toda uma cadeia produtiva. Portanto, isso não é bom nem pro País, nem pro consumidor final. É importante lembrar que a CDL-NH está promovendo campanhas promocionais de Dia das Mães, Dia dos Pais, Dia das Crianças e Natal no intuito de promover a compra no comércio local.



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